O Cirurgião Plástico é responsável por diagnosticar, classificar e traçar o plano de tratamento da fissura labiopalatina. O tratamento pode se iniciar antes mesmo do nascimento por meio do atendimento a gestante e família, mediante orientações pertinentes ao período gestacional.

As cirurgias podem ser classificadas como:

● Queiloplastia (correção do lábio): consiste na correção cirúrgica do lábio. Esta cirurgia normalmente é realizada entre 4 e 6 meses de idade e conjuntamente é realizada a correção da deformidade do nariz.

● Palatoplastia (cirurgia do palato): a correção cirúrgica do palato é realizado aos 18 meses de idade. Nesta etapa, é feito e fechamento do palato duro e reposicionamento da musculatura do palato mole.

● Enxerto Ósseo Alveolar: esta etapa é realizada na idade da dentição mista, entre os 8 e 10 anos de idade. Um fragmento de osso é retirado da pelve e colocado na região da fissura onde ocorre a erupção dentária.

● Rinosseptoplastia: depois dos 15 anos de idade, avalia-se a necessidade de correção de desvios do septo nasal e pode também ser realizada uma rinoplastia para melhora do resultado estético.

O atendimento inicia com as mães na gestação, a partir do momento em que é detectada a fissura na ultrassonografia, orientando-as em relação ao tratamento que será abordado, fazendo acompanhamento do bebê até a fase adulta.

O atendimento odontológico é de extrema importância para a reabilitação da fissura labiopalatina. Através desse atendimento é feito o diagnóstico para a intervenção das demais especialidades. O setor dispõe de tratamentos, preventivos, curativos, restaurações, extrações, profilaxia, aplicação de flúor, exames clínicos e radiológicos.

É a especialidade da odontologia que estuda, previne e trata alterações relacionadas ao crescimento e desenvolvimento craniofacial. A ortodontia tem como objetivo proporcionar adequado relacionamento dos dentes (oclusão) e suas bases ósseas (maxila e mandíbula), contribuindo para que haja equilíbrio e harmonia facial, bem como oclusão funcional. Os pacientes são avaliados pelo ortodontista, em média, aos seis anos de idade e, no momento oportuno, são preparados para a enxertia óssea.

O médico Otorrinolaringologista realiza avaliação, tratamento e acompanhamento do paciente durante todo o processo de reabilitação, pois as disfunções auditivas são muito frequentes e necessitam de muita atenção, desde o diagnóstico precoce das perdas auditivas, passando pelos tratamentos cirúrgicos otológicos, quando necessários e por fim, com o acompanhamento clínico pós-operatório. Essa especialidade também realiza tratamentos clínicos e cirúrgicos do nariz e da garganta, os quais são muito prevalentes nos pacientes com fissuras. Ele participa de equipe de avaliação da disfunção velofaríngea, ajudando na avaliação e tratamento dos distúrbios da fala.

O atendimento ao paciente com fissura labiopalatina, se inicia logo após o nascimento do bebê. O Nutricionista acompanha o desenvolvimento da criança e realiza orientações sobre a amamentação e a alimentação.

A psicologia inicia seu trabalho com o acolhimento dos futuros pais, que receberam o diagnóstico na gestação ou logo após o nascimento do bebê. As famílias são ouvidas quanto aos seus medos, ansiedade e angústias, além de suas dúvidas a fim de permitir a elaboração de seus sentimentos e o desenvolvimento do vínculo com o bebê. A fissura labiopalatina é uma malformação que pode causar impacto negativo na vida da pessoa, devido aos problemas funcionais, estéticos e psicológicos. Diante disso, o acompanhamento psicológico busca apoiar continuamente o paciente e sua família para que possa aprender a lidar com o tratamento de uma forma positiva e que supere dificuldades, medos e angústias.

O setor oferece atendimento aos pacientes de todas as faixas etárias, são realizadas avaliações do desenvolvimento adequado da criança a fim identificar as dificuldades no aprendizado que possam interferir no processo da reabilitação do paciente.

O Assistente Social é um profissional que integra a equipe multidisciplinar do CEFIL. O principal objetivo da sua atuação é garantir o acesso do paciente ao tratamento. Por meio do seu trabalho o assistente social opera no fortalecimento dos vínculos familiares, buscando torná-los participantes no processo de promoção, proteção e recuperação da saúde da pessoa com fissura labiopalatina.